terça-feira, 13 de novembro de 2007

Radiohead e o livre comércio musical

O quinteto inglês Radiohead lançou em outubro seu sétimo disco de estúdio, o In Rainbows. Até aí, tudo normal. Acontece que o lançamento se deu exlcusivamente pelo site promocional, onde se pode comprar tanto CD com músicas extras, catálogo de fotos e letras, recebendo pelo correio, quanto se pode adquirir as 10 músicas do CD, fazendo a transferência do arquivo via internet.

E tem mais ainda: o cliente escolhe quanto quer pagar, inclusive SE quer pagar.
Desse processo todo a EMI, gravado da banda, ficou fora. Outras bandas anteriormente tinham tentado algo parecido, mas jamais suas respectivas gravadoras tinham permitido. Agora o Radiohead promove não só uma revolução, mas uma revelação do modo como a música tem se espalhado pelo globo. Sem hipocrisias.

2 comentários:

simone disse...

será que a indústria musical, nos moldes de hoje, conseguiria se sustentar com mais e mais bandas seguindo o caminho do radiohead? (oasis já anunciou que vai adotar a mesma estratégia no lançamento do próximo album)
estava pensando também que muitas bandas surgem e chegam a fama agora por meio do myspace (lilly allen e artic monkeys, por exemplo). talvez as gravadoras logo se tornem dispensáveis quando o assunto for gerenciar o artista e comercializar os discos, e virem realmente "gravadoras" no termo da palavra, apenas gravando e produzindo a peça musical.

Carolina de Castro Wanderley disse...

Eu também penso assim, Simone.
Apenas vamos observar quais serão os mecanismos que as grandes gravadoras, detentoras de grande poder econômico, usarão para espernear até a grande transformação.
Abraço, e continue contribuindo!
Carolina

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